O Plenário assistiu, esta quinta-feira, a um debate solicitado pela Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização administrativa sobre a Avaliação do Endividamento público e externo. Em nome do PSD, António Leitão Amaro começou por recordar que, durante o último ano, esta comissão ouviu muitas personalidades e instituições sobre o sério e estrutural problema da elevadíssima dívida pública que o nosso país tem. Terminadas essas audições, o Vice-Presidente da bancada do PSD concluiu que “Portugal é um país de gente séria que acredita que as dívidas são para pagar. Somos um país de gente inteligente que sabe que quem não as pagas, ou ameaça não pagar, acaba a pagar muito mais”. Depois de lembrar que a reestruturação da dívida resultaria também num corte nas poupanças dos portugueses, uma vez que 60% da dívida pública é detida por residentes, o deputado enfatizou que no PSD acreditamos que as dívidas são para pagar. “Acreditamos que a dívida pública é sustentável e pagável. Acreditamos que o dever dos governos passa por trabalhar e reformar para reduzir muito mais a dívida que temos e para crescermos muito mais do que hoje”. Sublinhando que as esquerdas erraram no passado quando defenderam que a solução era estruturar e não pagar e erram agora quando desperdiçam uma conjuntura única para poder crescer muito mais, travar o aumento da dívida e reduzir muito mais o seu rácio no PIB, o parlamentar contrapôs a esta postura a atuação do anterior governo. “O governo anterior provou que sem restruturação da dívida, mas com reformas era possível pôr o país a crescer por 3 anos, o desemprego cair 7 pontos, a desigualdade diminuir, em 2015 o rácio da dívida cair e em março de 2015 os juros da dívida a 10 anos a atingir os 1,7%, quando hoje está nos 2%. Ainda bem que foi a vós que as pernas tremeram. Ainda bem que se calaram com esta conversa, pelo menos o governo, da reestruturação da dívida. E felizmente deitaram fora o relatório do grupo de trabalho entre o PS e o BE, cujas medidas eram tão insensatas que ninguém lhes ligou. Mas se isso foi bom, mau foi que convosco a dívida pública tenha atingido o máximo de 250 mil milhões e euros, sendo que dois terços dessa dívida foi criada por governos socialistas”. Perante este cenário, António Leitão Amaro rematou a sua intervenção declarando que hoje é visível aos olhos de todos que era possível fazer muito mais.
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