Susana Lamas enfatizou, esta quarta-feira, que para o PSD “o tema da Infância e Natalidade é demasiado sério para ficarmos retidos no passado, sem discutir o presente”. No debate sobre Políticas para a Infância e Natalidade, agendado pelo PSD, a parlamentar lamentou que os socialistas insistam em “reviver o passado”, adiantando que o PSD está “muito mais preocupado com o futuro”. Recordando que o desafio demográfico é um dos principais desafios que se coloca à sociedade portuguesa, a deputada declarou que se trata de um problema que não se resolve a curto prazo, “mas é urgente encontrar soluções para que se possa atenuar ou mesmo inverter a tendência decrescente da natalidade. Não podemos adiar mais. É o futuro do país que está em causa e a nossa responsabilidade para com os portugueses exige-nos dar uma resposta – e nós, PSD, apresentámos essa resposta. Apresentamos um pacote de medidas que são por todos conhecidas”. Contudo, adianta a deputada, o PSD não se fica pelas propostas e lança também um desafio: o PSD propõe um amplo debate, construtivo, sem decisões fechadas, em espirito de compromisso, para ser feito um trabalho sério, conjunto, consistente sobre o combate ao declínio demográfico. No que respeita aos custos, a deputada admitiu que as propostas do PSD têm um impacto, mas lançou a questão: “quanto custa nada fazer? E a esta pergunta nós respondemos: nada fazer custa mais de 100 mil emigrantes por ano. Nada fazer custa crianças sem desenvolvimento cognitivo. Nada fazer custa a não renovação geracional. Nada fazer coloca em causa a sustentabilidade da Segurança Social”. A terminar, Susana Lamas questionou à bancada do PS se a solução do problema está única e principalmente na captação de 75 mil imigrantes por ano. “É este o instrumento que consideram mais importante para superarmos o deficit demográfico? Captar imigrantes pode ser parte da solução, mas não pode ser nem o único nem o instrumento mais importante. Estão ou não dispostos a contribuir, a participar neste debate mais alargado”, questionou.
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