O Parlamento apreciou, esta quinta-feira, um Petição através da qual mais de 6500 cidadãos solicitam a criação do «Dia Nacional da Esperança». Com esta Petição, referiu Luís Vales, os peticionários pretendem homenagear os doentes oncológicos, bem como os seus cuidadores e os profissionais de saúde que dedicam a esses doentes o melhor do seu saber e da sua dedicação. Face a este contexto, o parlamentar reconheceu que a Petição se reveste de um elevado significado e merece ser refletido, pois a realidade sobre a qual incide diz respeito a todos e a cada um de nós. “Com efeito, as doenças oncológicas têm registado um significativo aumento entre a população portuguesa, crescendo a uma taxa constante de 3% ao ano, sendo já a segunda causa de morte no nosso País. E se o aumento da incidência do cancro resulta fundamentalmente do progressivo envelhecimento da população, as suas principais causas podem ser encontradas em fatores como a predisposição genética, mas também têm a ver fundamentalmente com estilos de vida e comportamentos de risco, alguns deles com significativo impacto na incidência de cancro, como sucede especialmente com o consumo de tabaco. Certo é que as formas de tratamento das doenças oncológicas têm sofrido uma assinalável evolução nas últimas décadas, sendo crescente o aumento da taxa de sucesso no tratamento dessas patologias. É toda esta realidade que nos faz comungar do propósito que inspirou a Petição e nos leva a defender a necessidade da mudança do paradigma na luta contra o cancro, em que a fatalidade deve dar cada vez mais lugar à esperança.” De seguida, Luís Vales realçou o esforço que o Serviço Nacional de Saúde tem realizado na procura das melhores respostas às necessidades dos doentes com patologias oncológicas, saudando em particular a abnegação e a elevada competência dos profissionais de saúde que se dedicam a esses doentes. Considerando que a criação de um Dia da Esperança poderá favorecer a consciencialização nacional, o social-democrata concluiu a sua intervenção lamentando o facto de o governo não ter respondido ao pedido de informação que lhe foi dirigido relativamente a esta Petição.
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