Álvaro Batista acusou as esquerdas de não quererem saber dos problemas e dificuldades dos trabalhadores de call center. No debate de uma Petição que defende que esta seja considerada como uma profissão de desgaste rápido, o social-democrata adiantou que a prova do alheamento da esquerda está no facto de já estarmos no 4.º ano da legislatura e continuar tudo igual na regulamentação da profissão. “À esquerda fala-se muito da precariedade, mas contentam-se em falar. Em vez de diminuir, com o governo das esquerdas a precariedade aumentou significativamente, no Estado e no setor privado, também nos call centers. Com a esquerda no poder vai para 4 anos, não há normas específicas de salvaguarda da segurança e da saúde dos operadores, mas também não são conhecidos quaisquer estudos visando proteger quem se dedica à profissão”. Lamentando que o governo, o PS, o Bloco e o PCP gostem de dizer umas generalidades e umas abstrações sobre os problemas dos trabalhadores e que, quando se trata dos problemas reais das pessoas, pouco ou nada fazem para os resolver, o social-democrata recordou que a generalidade dos trabalhadores dos call center são alvo todos os dias de sérios riscos laborais, pelas posturas a que são obrigados, os movimentos repetitivos, o esforço visual, pelas radiações eletromagnéticas, o ruído e o stress constantes a que se encontram submetidos. “O PSD sabe e preocupa-se. Preocupamo-nos ainda porque um grande número dos operadores de call center são jovens licenciados, obrigados a aceitar o trabalho pela falta de empregos qualificados, compatíveis com as suas habilitações”. A terminar, Álvaro Batista enfatizou que o PSD gostaria muito de ver este e outros problemas do país resolvidos, “mas quem manda hoje em Portugal é a esquerda radical e essa só sabe prometer. Prometem tudo a todos, para se entreterem a seguir a inventar desculpas de mau pagador. Aliás, a quem hoje ainda ouve o PS, o PCP e o Bloco, há duas ideias que se impõem: não vão cumprir o que prometeram e já só lhes falta atirar as culpas ao Marquês de Pombal”.
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