“O Inverno Demográfico e o Envelhecimento da População, são talvez o desequilíbrio mais grave que Portugal atualmente enfrenta. O problema demográfico em Portugal é um dos mais graves obstáculos de que todos devemos ter consciência e procurar soluções para o ultrapassar, e em que que nada adianta ou resolve criticar ou permanecer no passado. Pois, após o diagnóstico ser encontrado e consensualmente validado, este deve ser um desígnio nacional.” Foi com estas palavras que Germana Rocha iniciou a sua intervenção, esta quarta-feira, no debate agendado pelo PSD para debater Políticas para a Infância e Natalidade. No entender da deputada, torna-se imperioso fazer um debate sério com medidas concretas e capazes de inverter esta situação gravíssima, que não se resolve com medidas pontuais, mas sim com reformas estruturais e adequadas, cuja aplicação de forma gradual, conduza a resultados positivos e cruciais a médio e a longo prazo na vida das atuais e das novas gerações. Tendo em conta este cenário, a parlamentar questionou à bancada bloquista se acompanha ou não a necessidade premente da existência de uma política integrada para a infância e para a Natalidade, que constitua um desígnio Nacional. “O que pensa o B.E em relação, por exemplo, à medida em que que o PSD propõe a gratuitidade das creches a partir dos 6 meses de idade, ou se preferem continuar a ver os pais a pagarem mais por uma creche do que por uma universidade para os seus filhos? O que pensa o B.E relativamente à criação de creches ao nível das empresas ou através de outras Instituições, bem como da melhoria das condições de funcionamento do Jardins de Infância, numa lógica de conciliação da vida profissional com a vida pessoal”, questionou. Germana Rocha quis ainda saber se o BE está disponível para um debate sério que envolva medidas consistentes que criem igualdade de oportunidades e que impeçam a emigração de cerca de 100.000 jovens por ano, segundo dados oficiais, com excelentes qualificações que vão à procura de condições de vida que não encontram em Portugal. “Não podemos ficar pela parte, mas sim olhar para esta situação como um todo, porque as crianças não são números, são crianças, crianças que têm de ter as condições necessárias e fundamentais para o seu cabal desenvolvimento no presente, para sermos capazes de ganhar o País no futuro”.
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