O líder da bancada social-democrata levou a debate o caso Sócrates. Segundo Fernando Negrão, este tornou-se um “tema incontornável” depois de os mais altos dirigentes do PS terem afirmado estar envergonhados com o caso Sócrates. “Qual a razão para só em 2018 o PS ter mudado de estratégia?”, inquiriu Fernando Negrão, adiantando uma possível resposta: “foi com medo de ser contaminado eleitoralmente pelo comportamento de José Sócrates e Manuel Pinho? Para o PS e para o senhor, o que é mais importante: os votos e as eleições ou os princípios e as convicções?" Ao assinalar que o assunto foi colocado no plano político pelo próprio Governo e pelo PS, Fernando Negrão enfatizou que “as confissões de vergonha e de desonra revelam o reconhecimento de que alguma coisa aconteceu”. Face a toda este reconhecimento dos socialistas, o líder parlamentar do PSD questionou a António Costa se “a bancarrota foi culpa da crise ou o resultado de nefastas decisões tomadas pelo Governo a que vossa excelência [António Costa] pertenceu, presidido por José Sócrates”.
Incêndios: governo dá sinais de incompetência e acumula erros
Fernando Negrão denunciou a incapacidade do governo em tranquilizar os portugueses, sobretudo quando a época de incêndios se aproxima. O líder parlamentar do PSD reiterou a preocupação dos sociais-democratas, no que respeita aos incêndios, e salientou a disponibilidade do PSD para dar o seu contributo em prol do País: “nós queremos ajudar, diga-nos como?” O desafio foi lançado pelo líder parlamentar do PSD a António Costa no debate quinzenal desta quarta-feira. De seguida, o parlamentar afirmou que no PSD “estamos preocupados com os portugueses”, principalmente porque não vemos no governo “capacidade política, nem operacional para resolver” problemas relacionados com a prevenção e o combate aos incêndios. Essas incapacidades, adianta, ficam visíveis com a postura do Primeiro-Ministro, que sempre que questionado a propósito desta matéria, dá uma “resposta padrão a todas as perguntas”. O próprio Ministro da Administração Interna, quando ouvido esta terça-feira no Parlamento, “não teve uma resposta concreta para dar aos portugueses”, lembrou. De acordo com Fernando Negrão, o atual Executivo, em vez de tranquilizar o País, tem dado sinais de “incompetência e de acumular de casos e erros que só nos podem deixar preocupados”. Depois de elencar um conjunto vasto de problemas que têm vindo a público nos últimos dias, o líder da “bancada laranja” perguntou a António Costa se “temos hoje, dia 9 de maio, um dispositivo de combate aos fogos devidamente apetrechado e pronto a entrar em ação?”. A terminar, Fernando Negrão recordou que o Presidente da República avançou que não se recandidatará caso se repitam as tragédias de 2017 para, logo, lembrar que António Costa adotou uma atitude contrária. “E isso é revelador”, apontou o social-democrata.
|