O Parlamento debateu, esta sexta-feira, várias iniciativas na área das dependências. Em representação do PSD, Laura Magalhães começou por se referir à iniciativa do PCP que que recomenda ao governo o reforço da capacidade das respostas públicas na área da toxicodependência e alcoolismo. Segundo a deputada, “quem ler o Projeto do PCP fica com a ideia de que o PCP não apoia o atual governo. Para além das habituais críticas aos anteriores governos, acusa o atual de continuar a destruir a resposta pública na área das dependências. Que rica união de facto que temos aqui”. Dirigindo-se à bancada comunista, a deputada recordou que “passados 2 anos a união de facto é similar ao casamento civil. Pois é, os senhores também têm culpa na matéria”. A deputada destacou ainda a incoerência e a “profissão de fé” que os comunistas fazem em relação o setor privado e social, ao defenderam a celebração de contratos com os setores social e privado, numa perspetiva de complementaridade. No que respeita aos bloquistas, Laura Magalhães afirmou que são poucas novidades se encontram nas suas recomendações ao governo, para além da denúncia de falta de recursos financeiros, profissionais e meios. “O BE diz que faltam meios, mas depois apoia e aprova as políticas do Governo que desinvestem no Serviço Nacional de Saúde. Nada de novo vindo de um partido que trocou a sua coerência por migalhas do poder”. Em relação à posição do PSD, a parlamentar afirmou que para os sociais-democratas importa assegurar que as pessoas são atendidos com qualidade, com eficácia e de forma rápida. “O modelo atual, em que ao SICAD compete o planeamento e o acompanhamento, e às ARS a componente operacional, consideramos que ainda não foram exploradas todas as suas potencialidades. O PSD entende que o Governo deve melhorar e reforçar a articulação entre as estruturas do SNS, nomeadamente com os cuidados de saúde primários e hospitalares, e deve proporcionar condições para um maior envolvimento do SNS, integrando melhor as políticas, reforçando mais os programas e aprofundando a articulação das respostas”. A terminar, Laura Magalhães enfatizou que o combate às dependências precisa de todos e de todo o Serviço Nacional de Saúde e que as propostas em discussão não parecem responder a esta necessidade.
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